O narrador é a entidade que conta uma história. É uma das três pessoas em uma história, sendo os outros o autor e o leitor/espectador. O leitor e o autor habitam o mundo real. É a função do autor criar um mundo alternativo, com personagens e cenários e eventos que formem a história. A função do leitor e entender e interpretar a história. Já o narrador existe no mundo da história (e apenas nele) e aparece de uma forma que o leitor possa compreendê-lo.
O conceito de narrador irreal (em oposição ao autor) se tornou mais importante com o surgimento da novela no século XIX. Até então, o exercício acadêmico de teoria literária investigava apenas a poesia (incluindo poemas épicos como a Ilíada e dramas poéticos como os de Shakespeare). A maioria dos poemas não têm um narrador distinto do autor, mas as novelas, com seus mundos imersos na ficção, criaram um problema, especialmente quando o ponto de vista do narrador difere significativamente do ponto de vista do autor.
Uma boa história deve ter um narrador bem definido e consciente.[carece de fontes?] Para este fim há diversas regras que governam o narrador. Esta entidade, com atribuições e limitação, não pode comunicar nada que não conheça, ou seja, só pode contar a história a partir do que vê. A isso se chama foco narrativo.
O narrador de qualquer obra tem certas características e limitações que definem como o autor vai contar a história. É importante notar que o narrador só pode contar as coisas que experimentou, os cheiros que sentiu, as paisagens que viu ou histórias que ouviu.
Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece o narrador faz uso do discurso indireto livre,nao se sabe quando e o narrador ou o personagem que esta falando ou pensando. Assim o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas conseqüências.
Além disso o narrador pode ser selectivo, quando goza da onisciência apenas em relação a uma personagem, e instruso, quando não se limita a narrar, como também comenta a história e aspectos inerentes a ela.
Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjectivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer ao mesmo tempo essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
Além da focalização, é importante notar na pessoa do narrador, seu nível narrativo, quais sejam: